Wednesday, January 12, 2011

Justiça do Estado de Minas Gerais extingue AAF para mineração

Autorizações Ambientais de Funcionamento só existiam em MG.

Mina de Águas Claras - Nova Lima - Minas Gerais


A Justiça forçou a antecipação da decisão do governo estadual de extinguir as Autorizações Ambientais de Funcionamento (AAFs). Desde a última terça-feira (11), por força de liminar expedida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte, Osvaldo Oliveira Araújo Firmo, o Estado não pode mais licenciar atividades mineradoras de ferro por meio da AAF, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada AAF emitida.

Esse licenciamento foi classificado como “frouxo” na argumentação jurídica do juiz, que também acusa o Estado de casuísmo para se isentar de suas atribuições legais. O Ministério Público Estadual (MPE), que obteve a liminar, vai intensificar sua atuação agora na emissão de AAFs para exploração de outros minérios. A decisão atual só vale para mineração de ferro.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que ainda não foi notificada e que só se manifestará após conhecer a decisão.

O ex-secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, enviou no final de 2010 uma proposta de alteração das normas ambientais ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O objetivo era acabar com a AAF para a mineração. O Copam deve votar a recomendação em fevereiro. Porém, com a liminar expedida, as AAFs já não podem ser emitidas em Minas.

A AAF é um modelo simplificado de licenciamento que não exige a apresentação de estudos prévios de impacto ambiental. Com ele, o Estado permite a extração de até 300 mil toneladas de minério de ferro ao ano e considera esta atividade como de impacto ambiental não significativo. No entanto, diversas empresas conseguiram aprovação de AAFs contíguas, o que ampliava o limite de extração e consequentemente seu impacto.

A argumentação para a decisão judicial é de que “as razões de ordem fática apontadas pelo Estado como justificadoras da burla à materialização do princípio da avaliação de impactos ambientais por meio do licenciamento ambiental, determinada pela Lei nº 6938/81 (art. 9o., III e IV e art. 10), são de lastimável impressão... Por tudo, resta claro que a AAF é um instrumento, por assim dizer mais frouxo, que o Estado de Minas Gerais optou por instituir, acreditando-se autorizado – à primeira vista – por uma retórica hermenêutica sintomaticamente casuística, para isentar-se de assumir suas atribuições legais...”.

A AngloGold Ashanti possui quatro AAFs em Santa Bárbara e, por isso, tem permissão para extrair até 1,2 milhão de toneladas por ano e ainda está dispensada do pagamento da compensação ambiental, estabelecida pela legislação em 0,5% do valor do empreendimento.

A empresa alega que à época do licenciamento a AAF atendia às exigências legais e após as investigações do MPE apresentou todas as informações solicitadas. A Anglo Gold também informou que para manter suas operações está substituindo as AAFs por uma Licença de Operação (L.O) corretiva.

A decisão judicial ainda estabelece que “a obrigação de não fazer consistente em abster-se, doravante, de conceder ou renovar quaisquer autorizações ambientais de funcionamento (AAF) para atividades de extração ou beneficiamento de minério de ferro no Estado de Minas Gerais,sob pena de multa de R$100 mil por ato praticado,sem prejuízo da responsabilidade penal e por ato de improbidade administrativa.

Com isso fica suspensa a aplicabilidade do art.2º da Deliberação normativa COPAM n.74/2004, até que contra ordem judicial delibere diferentemente”. A AAF foi criada pelo governo estadual e só existe em Minas Gerais.
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Abs.

Alexandre

Thursday, January 6, 2011

Cemig e Fapemig se unem para pesquisa energética

Cemig e Fapemig se unem para pesquisa energética
Crédito: Osvaldo Afonso
Governador ressalta importância para Minas do convênio de R$ 150 milhões

O governador Antonio Anastasia presidiu ontem, no Palácio Tiradentes, a solenidade de assinatura de convênio entre a Cemig e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemig), visando ao desenvolvimento de pesquisas relacionadas à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. As duas instituições investirão R$ 150 milhões em cinco anos no projeto, que contempla também o desenvolvimento de fontes alternativas renováveis e limpas, como solar, eólica e biomassa. O objetivo é melhorar o atendimento à população, por meio da redução de custos e aumento da qualidade no fornecimento de energia.
Em seu pronunciamento, o governador comemorou o fato de ser o primeiro ato público do seu segundo mandato voltado para o tema da pesquisa e do conhecimento. Ele disse que o Estado deve fomentar a parceria de instituições públicas com universidades e empresas privadas para criar as condições necessárias ao desenvolvimento da pesquisa, como meio para gerar riqueza e empregos. "De maneira emblemática, estamos presidindo essa cerimônia na qual duas instituições do Estado se associam, tendo por objeto o tema do conhecimento, que colocamos como absoluta prioridade de nosso governo, por ser condutor e gerador de riqueza e emprego. A questão do conhecimento é o valor mais alto que temos no século XXI", afirmou.
As pesquisas também serão voltadas para o desenvolvimento sustentável, com estudos sobre a proteção do meio ambiente, o uso racional da energia e a eficiência operacional da Cemig. O convênio também prevê a concessão de bolsas para pesquisas focadas nos temas de interesse da Cemig. A ideia é criar um ciclo positivo em que a concessionária tem um problema e os pesquisadores buscarão soluções com o apoio financeiro.
Empregos de qualidade
O governador disse que a Cemig, além de ser reconhecida como empresa fornecedora da melhor energia do País, se consolidou como potência econômica que contribui para estimular e aquecer o mercado mineiro. "Uma das prioridades da Cemig deverá se no sentido de, cada vez mais, prestigiar as empresas mineiras na contratação para desenvolvimento de seus projetos. Temos uma obsessão que é a melhoria das condições econômicas de Minas Gerais, gerando empregos de qualidade, agregando valor aos nossos produtos, prestigiando as empresas mineiras, fortalecendo as atuais e atraindo novas, porque temos alavancas em Minas e talvez uma das alavancas mais robustas e musculosas nesse sentido seja a Cemig", disse ele.

Abs.

Alexandre

Wednesday, November 17, 2010

Canadian Government Supports the MacKenzie Valley Pipeline Project

Business Canadian Government Supports the MacKenzie Valley Pipeline Project


The proposed $16.2-billion Mackenzie Valley gas pipeline is a step closer to reality after the federal and Northwest Territories governments agreed Monday with most of the recommendations set out by a review panel last year.
They said they can eliminate or mitigate any potential adverse impacts if the 1,200-kilometre natural gas pipeline goes ahead.
"Should the [project] proceed, it will do so within a responsible environmental stewardship framework," federal Environment Minister John Baird said in a release.
The two governments released their final responses to a report by the Joint Review Panel, which spent five years studying the proposal by a consortium of companies led by Imperial Oil to build the pipeline from the Beaufort Sea through the Northwest Territories to existing networks in Alberta.
Released in December 2009, the panel's report came with 176 recommendations — most of which were directed at the federal and N.W.T. governments — to mitigate any adverse environmental, economic and social impacts the project may have.
On Monday, both governments said they accept the intent of "a vast majority" of the panel's recommendations aimed at them. Some recommendations were not accepted because they were deemed to be outside the panel's mandate.
The pipeline plan is still being reviewed by the National Energy Board, a federal body that regulates parts of Canada's energy sector.
The NEB's decision on whether to approve the project is expected before the end of this year. Imperial Oil has said it won't make a final decision on whether to proceed until 2013.
"An unprecedented level of public consultation was undertaken prior to finalizing the governments' response, which highlights our commitment to implementing the appropriate mitigation measures to protect the environment and address the social, cultural and economic impacts associated with the proposed project," Baird said
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Abs.

Alexandre

Friday, November 12, 2010

MANUAL PARA VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS AMBIENTAIS

Este manual é uma excelente referência inicial para quem deseja compreender melhor o tema. O manual pode ser acessado gratuitamente aqui.

MANUAL PARA VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS AMBIENTAIS

Elaborado por Ronaldo Seroa da Motta, Coordenador da Coordenação de Estudos do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Professor da Graduação de Economia e do Mestrado de Economia do Meio Ambiente da Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro. (email: seroa@ipea.gov.br)

Publicação conjunta da Coordenação de Estudos do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (CEMA/IPEA) e da Coordenação Geral de Diversidade Biológica do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (COBIO/MMA) com co-financiamento dos projetos CNPq 520649/96 e PNUD-BRA 95/012.


PREFÁCIO (OU COMO USAR ESTE MANUAL)

O objetivo deste Manual é bastante modesto e apenas encerra uma tentativa de apresentar a base teórica e metodológica dos métodos de valoração econômica dos recursos ambientais. Com isto, pretende-se contribuir para que a valoração econômica ambiental possa ser melhor compreendida e adequadamente utilizada na tomada de decisão, na pesquisa e na gestão ambiental.

Cada vez mais gestores ambientais, estudantes de mestrado e doutorado e outros profissionais da área ambiental, encontram-se em situações nas quais a valoração econômica ambiental é requerida ou desejada.

 Esta crescente preocupação com a valoração econômica ambiental tem impulsionado de forma significativa esta área de estudo que hoje pode ser considerada uma área de fronteira da Ciência Econômica.

A novidade e a complexidade do tema, entretanto, têm induzido o profissional ou o estudante não economista a duas situações extremas. A uma de ceticismo que rejeita qualquer abordagem dita econômica devido a uma percepção quase sempre insuficiente da teoria econômica que fundamenta estas abordagens. E a outra na qual se adotam inadequadamente técnicas de valoração com base em procedimentos estimativos intuitivos que, quando não apropriados, aumentam ainda mais o ceticismo e a rejeição aos métodos adotados.

Infelizmente, o profissional e o estudante de economia também se enquadram normalmente nas situações generalizadas acima. A Economia do Meio Ambiente, sendo um disciplina eletiva nos currículos das escolas de economia, nem sempre é oferecida. Portanto, é comum encontrar economistas que também encontram dificuldades em utilizar os métodos de valoração econômica.

Conseqüentemente, a produção de pesquisa nesta área é muito baixa no país e existe um grande vazio em termos de livros-textos e outras publicações em língua portuguesa. Este Manual não pretende eliminar, de forma alguma, esta lacuna bibliográfica. Sua apresentação restringe-se apenas a apresentar os principais fundamentos teóricos e metodológicos de forma a orientar o analista a entender e utilizar, com mais propriedade, os resultados de um estudo de valoração.


É bom ressaltar que este Manual não oferece “receitas de bolo”.

Na Introdução do Manual discutem-se a questão econômica na gestão ambiental e a importância da análise econômica na decisão de investimentos ambientais no contexto da valoração monetária dos recursos ambientais. A Parte I apresenta os métodos de valoração ambiental, enquanto na Parte II são analisados estudos de casos com a aplicação destes métodos. A seleção dos estudos de casos foi orientada no sentido de oferecer uma cobertura maior possível de métodos, benefícios e situações que pudesse ser transposta à realidade brasileira ou de países com grau próximo de desenvolvimento.

A Parte III do Manual apresenta alguns princípios básicos da teoria microeconômica que são os fundamentos dos métodos analisados. Ao leitor com dificuldades iniciais para  compreender alguns postulados e conceitos econômicos, sugerimos uma leitura cuidadosa e paciente da Parte III antes de iniciar a utilização deste Manual.

Embora a valoração econômica ambiental esteja inserida no contexto maior da análise de custo-benefício, é importante ressaltar que este Manual está concentrado na questão da mensuração dos custos ou benefícios ambientais. Aspectos de valoração econômica na avaliação de projetos relativos a outros recursos privados e fatores da economia (preços monopolistas, mão-de-obra, taxa de desconto, etc.) não serão discutidos em detalhes. Dessa forma, a valoração de outros bens e serviços não-ambientais, relativas a uma decisão de
investimento, deve ser também cuidadosa e observar os mesmos preceitos econômicos visto que pode afetar igualmente os resultados de uma análise ambiental de custo-benefício. Para uma incursão segura nesta área, sugerimos ao leitor consultar a Parte III e a bibliografia anexa relativa a manuais de análise de custo-benefício.

Em todo transcorrer do Manual, nas três partes, não se procurou também detalhar os procedimentos econométricos estatísticos, ou econométricos, que a aplicação dos métodos exige. Isto porque, além de constituírem questões ainda mais específicas para cada caso, seria também necessário incluir um parte teórica e metodológica adicional neste Manual para tratálos adequadamente. Uma outra publicação em desenvolvimento por este autor tratará especificamente deste tema.

Se questões mais complexas foram evitadas, isto não quer dizer que os princípios básicos de cálculo e estatística estão ausentes do texto. Sem estes, o aspecto intuitivo da valoração econômica não seria evitado e fugiríamos ao propósito central deste Manual. No entanto, procurou-se apresentar, sempre que possível, além da formalização matemática, as questões teóricas e metodológicas com base em raciocínios intuitivos e exemplificados com ajuda de gráficos

Portanto, este Manual tem dois grupos distintos de usuários:
  • o economista, que certamente se sentirá mais à vontade na leitura e compreensão do texto e estudos de casos e, algumas vezes, molestado pela sua simplicidade ou simplificação; e
  • o não-economista, que deseja familiarizar- se com o tema e para o qual algumas partes do Manual podem ser de difícil e lento entendimento. Para estes o autor recomenda insistência na leitura e, quando necessário, consulta à literatura adicional que seja básica em matemática e economia.

Aqui, é de vital importância salientar novamente que este Manual não pretende tornar seu usuário um especialista em valoração econômica ambiental. Enfatizamos que o principal objetivo desta publicação é o de esclarecer a fundamentação teórica dos métodos de valoração, no sentido de instrumentalizar o analista a avaliar quando e como tais métodos podem ajudar no processo de valoração. Ou seja, orientar o analista a fazer o uso adequado das mensurações monetárias dos recursos ambientais.

Vale assim lembrar que, exceto em alguns casos de pouca complexidade, qualquer tentativa de valoração econômica deve contar com o concurso de economistas. Da mesma forma, o economista não poderá deixar de contar com a orientação de cientistas ambientais e de outros cientistas sociais para realizar adequadamente um estudo de valoração econômica de recursos ambientais.

A questão ambiental, talvez mais que qualquer outra, exige tal formato múltiplo e interdisciplinar. A transição, em alguns casos tardiamente, de um regime de abundância para um regime de escassez de recursos ambientais nos impõe uma tarefa inadiável de realizar ajustes estruturais no padrão de uso dos recursos ambientais. Para atender a este objetivo, via ações de intervenção governamental ou privada, os aspectos econômicos não podem e não conseguem ser negligenciados.

Se por um lado, a valoração econômica ambiental pode ser de extrema utilidade na tomada de decisão, por outro, realizá-la requer admitir e definir limites de incerteza científica que extrapolam a Ciência Econômica.

Tendo estas limitações em mente, o usuário deste Manual poderá se sentir mais confortável para extrair dele alguma contribuição que amplie seu horizonte de entendimento do processo de valoração econômica dos recursos ambientais.
A adoção de um método é específica a cada caso em estudo. Entretanto, conhecendo alguns princípios econômicos e a fundamentação teórica dos métodos, o analista estará em melhor posição para selecionar procedimentos estimativos e, se necessário, aprofundar seus conhecimentos na literatura mais sofisticada.
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Abs.

Alexandre

Tuesday, November 2, 2010

Visiting Fellowship Programs

Excelente oportunidade para quem terminou doutorado nas áreas de ciências naturais ou engenharia.


Visiting Fellowship Programs

Have you received a doctoral degree in the natural sciences or engineering field from a recognized university within the past five years? The Visiting Fellowships Program provides opportunities to work in Canadian government laboratories and research institutions.
Several departments and agencies, including Natural Resources Canada (NRCan), participate in this program. It is administered by the Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada (NSERC). The value of an award for the Visiting Fellowship program starts at $43,724 per year for one year, renewable for up to two more years, depending on the funding availability of the Canadian laboratory.


Abs.

Alexandre